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ASBC
Conceitos técnicos

Esta página traz as ideias originais do ASBC sobre as quais os cooperadores e leitores poderão se debruçar. Os conceitos expostos resultam de longo tempo de análises teóricas. Quem estudar os conceitos expostos nesta página obterá boa base de conhecimentos em aquecedores solares e fenômenos associados, hidráulicos, energéticos, de conforto, entre outros.

  • O que é um ASBC?
    ASBC: Sigla de Aquecedor Solar de Baixo Custo, projeto gratuito de um aquecedor solar de água destinado a substituir parcialmente a energia elétrica consumida por 36.000.000 de famílias brasileiras usuárias do chuveiro elétrico, em casas e apartamentos. Este projeto está sendo desenvolvido, desde janeiro 1999, pela ONG Sociedade do Sol, sigla SoSol.
  • Quais são as características gerais do ASBC?
    Reduz em cerca de 80% o consumo de energia de chuveiro elétrico; Custa cerca de 30% do aquecedor solar tradicional; O ASBC foi desenvolvido por pesquisadores da Sociedade do Sol, quando estava incubada no CIETEC / IPEN / USP; É montado facilmente com materiais disponíveis em lojas de material para Para que o sistema funcione corretamente é obrigatório que o(s) coletores estejam abaixo do nível do reservatório, e em uma inclinação de aproximadamente 33° (água fria entra por baixo enquanto a água quente retorna para o reservatório por cima). Os coletores devem ficar fora do telhado, expostos ao Sol e voltados (o máximo que puder) para o lado Norte. Componentes do ASBC: 1. CAIXA D'ÁGUA a) entrada de água (água fria da rua) b) boia para controlar o nível de água na caixa d’água. Essa "boia" é uma torneira controlada por uma boia que serve para limitar o nível de água dentro da caixa d'água. c) ladrão (segurança contra transbordamento). O "ladrão" deve ficar o mais alto possível de uma das laterais da caixa d'água. Sua saída deve ser alongada para fora do telhado ou ir até dentro do box no banheiro. Ele tem a função de segurança contra transbordamento de água caso a boia fique emperrada ou vazando. d) saída de água fria da caixa d’água para o chuveiro. Essa saída deve ficar bem próxima ou no fundo da caixa d'água. e) registro para dosar o volume de água fria no chuveiro. Esse registro será para resfriar a água vinda do reservatório. Isso quando mesmo desligando o chuveiro a água ainda esteja muito quente. f) chuveiro elétrico com ajuste de temperatura. Esse pode ser qualquer chuveiro com ajuste de estações. É conveniente usar um "dimmer para chuveiro" em série. Isso oferece um melhor ajuste de temperatura. g) rede elétrica para ligar a resistência do chuveiro caso a água esteja fria. O chuveiro será ligado normalmente na rede elétrica, porém pode não ser necessário que esteja em funcionamento se a água que vier do reservatório estiver quente o suficiente para o banho. 2. COLETOR entrada de água fria no coletor. Essa entrada fica na parte inferior do coletor saída de água aquecida no coletor. A água aquecida no coletor fica mais leve que a água fria. Por esse único fator a água fria pressiona a água quente para cima fazendo com que ela retorne para o reservatório. O cano que vai do coletor até o reservatório deve ser revestido termicamente para não perder calor. 3. RESERVATÓRIO (caixa d’água térmica) entrada de água fria (água fria da rua) no reservatório (com redutor de turbulência). Essa entrada usa uma boia comum para controlar o nível de água dentro do reservatório. É aconselhável colocar uma extensão com cano PVC ou uma mangueira com furos para evitar turbulência de água dentro do reservatório, evitando que a água quente se misture com a água fria. saída de água fria do reservatório para o coletor. A água quente é mais leve que a água fria. Portanto essa saída deve ficar o mais baixo possível do reservatório e bem próxima do redutor de turbulência (entrada de água fria). entrada de água aquecida no reservatório. Essa entrada deve ficar do lado oposto a entrada de água fria e um pouco abaixo do nível máximo de água dentro do reservatório. Esse nível é controlado pela boia de entrada de água fria. saída de água aquecida do reservatório (com boia tipo pescador). Essa saída deve ficar um pouco abaixo da metade do reservatório. É aconselhável usar uma boia tipo pescador para captar mais água aquecida. A água próxima da superfície do reservatório é sempre mais quente. registro para dosar o volume de água aquecida no chuveiro. Quando for tomar o banho, primeiro abre esse registro e espere até sentir se a temperatura está agradável. Se estiver muito quente tente diminuir no regulador de potência (ou na chave Verão/Inverno do chuveiro). Se ainda assim ficar muito quente abra um pouco o registro de água fria (e).
  • Eu terei que pagar algum tipo de taxa, licença ou imposto para poder usar a energia solar?"
    Não, entretanto você pode fazer uso dela gratuitamente.
  • Eu posso fabricar o ASBC, ou terei que pagar licença de patente?"
    O projeto é de livre consulta e o manual de manufatura e instalação está disponibilizado no site www.sociedadedosol.org.br para todos os interessados. A atividade de um desenvolvimento tecnológico em grupo, baseado em voluntariado, torna o depósito de patentes em nome de um dos participantes, moralmente questionável. E é esta a ideia deste trabalho. Um grupo social trabalhando livremente pelo bem da própria sociedade. Os novos conceitos estarão na Internet para que todos, pessoas físicas e empresas, façam bom uso dos conhecimentos gerados, multiplicando-os no melhor de sua capacidade. A lei que esclarece os efeitos da prévia apresentação ao público de novas ideias e produtos é: ARTIGO II, LEI 9279, de 14 de Maio de 1996. Este é um projeto para livre utilização da população, cuja tecnologia não é patenteável. Os objetivos dele são: melhorias sociais, ambientais, energéticas, econômicas e de geração de empregos. A principal forma de disseminação da nova tecnologia será realizada por pequenos núcleos regionais de revenda de Kits de matéria prima, que, ao fornecê-los ao usuário, visa o processo de "bricolagem" ou do "faça você mesmo". GARANTIA É importante frisar ainda que por se tratar de um projeto de cunho experimental, todos os que assumirem a responsabilidade de manufaturar seu próprio ASBC ou se dispuserem a prestar serviços a terceiros devem estar cientes de que nenhuma garantia, da natureza que for, poderá ser oferecida, seja quanto ao funcionamento, sua durabilidade e/ou defeitos como por exemplo, vazamentos. O início da oferta de Garantias seguirá a maturação destas tecnologias, fruto de anos de atividade de manufatura e uso dos ASBC.
  • A água aquecida (parada) dentro do reservatório pode gerar proliferação de bactérias ou causar algum mal para nossa saúde? O que é a bactéria Legionella?
    Sim, em grandes caixas de água quente que recebem pouca manutenção, presentes em especial na Europa e nos EUA, pode multiplicar-se uma bactéria, a Legionella, que ao ser inspirada via vapor do banho, pode resultar em séria infecção pulmonar, em especial em pessoas idosas e pessoas de frágil saúde. Nosso ex-ministro, Sergio Motta, portador de uma saúde muito frágil, faleceu ao ser infeccionado por esta bactéria. Sua morte acelerou legislação e procedimentos nos cuidados da manutenção regular de grandes sistemas de ar condicionado. A Legionella é uma bactéria que gera um tipo de pneumonia de difícil definição, que por sua raridade, ainda não animou os grandes grupos farmacêuticos a desenvolverem novos métodos de análise rápidos e econômicos. Esta bactéria, de presença natural em qualquer local que contenha água, é muito conhecida pelos administradores de grandes sistemas de ar condicionado. A máxima velocidade de multiplicação desta bactéria se dá entre 28 e 40 graus. Com relação a aquecedores de água (solares ou não): Em grandes (e antigos) sistemas de aquecimento de água sanitária elas também podem aparecer. A cerca de 20 anos nos EUA a Legionella infectou alguns aposentados idosos via inalação de vapor de água, resultando em uma pneumonia cuja origem ainda era desconhecida. Estes aposentados, todos ex-legionários das forças armadas americanas, estavam reunidos num mesmo hotel, festejando um evento de importância para o grupo. As inesperadas mortes resultaram num estudo mais acurado do motivo de sua doença, estudo que levou à descoberta da ainda desconhecida bactéria, batizada, em honra aos legionários que com elas sofreram, de "Legionella". Mas discussão do assunto vai longe. Há alguns anos procuramos reunir os fabricantes de aquecedores solares e fabricantes de caixas de água para financiar a realização de ampla pesquisa nacional da presença e morbidade da Legionella eventualmente presente em aquecedores e caixas de água, domésticos ou profissionais. Mas infelizmente não fomos felizes e o projeto não pôde se concretizar. Ninguém se interessou em procurar por algo que ainda não é claramente conhecido. Foi uma pena, pois um quadro claro de sua presença (ou não) seria uma informação importante para todos os que atuam no ramo de aquecimento. Seria importante também para os médicos da saúde pública que teriam (ou não) mais algo com que se preocupar. Observação: Toda a caixa de água é alvo potencial de todo o tipo de vida bacteriana, uma delas é a própria Legionella. Este é o motivo da insistência por um projeto nacional, analisando a vida bacteriana em todo o tipo de caixas de água (térmicas ou não). Para auto estudo, segue detalhado artigo médico sobre a Legionella. Ver em: http://www.emedicine.com/ped/TOPIC1288.HTM > em inglês
  • Com o sistema de 3 coletores, um reservatório de 160 Litros e com a vazão é de +/- 3,5 Litros/minuto, o que corresponde a +/- 45 minutos de água aquecida, se tomar dois banhos de 20 minutos seguidos, a água no final do segundo banho ficará fria?"
    Sim, com a reposição de água fria pela torneira boia isso pode acontecer. Nesse caso, o usuário terá que ir aumentando a potência no dimmer conforme for tomando seu banho. Uma outra solução é instalar um registro dentro do banheiro no duto entre a água da rede pública e a torneira boia. Com isso, quando for tomar os banhos, antes deverá fechar esse registro para impedir que entre água fria no reservatório durante os banhos. Assim poderá tomar os banhos com a água sempre na mesma temperatura. IMPORTANTE: Se esta situação de banhos seguidos for uma condição prevista pelos usuários, o ideal é construir o ASBC com um reservatório maior, evitando assim este desconforto.
  • Quanto tempo demora para aquecer (reaquecer) a água de um reservatório de 160 Litros após dois banhos seguidos de 20 minutos?
    Todo aquecedor solar é projetado para aquecer sua água no decorrer do dia inteiro. Independentemente da intensidade da energia irradiada pelo Sol. Sendo assim, é conveniente que os banhos sejam programados em horários diários iguais. Ou toma-se os banhos pela manhã, ou no final do dia. Isso permitirá um intervalo de um dia inteiro para reaquecer toda a água no reservatório. Existe mais um fator: Quando a água está fria/morna, seu aquecimento no aquecedor solar se dá de forma muito rápida, já que quanto mais baixa é a temperatura do líquido, mais alta é a eficiência do equipamento solar. Os fatores climáticos e regionais terão grande influência no aquecimento da água no aquecedor solar. Muito Sol, pouco Sol, regiões mais quentes, regiões mais frias, verão, primavera, outono, inverno etc. Como pode ver, as variáveis são muitas, seria impossível definir com precisão cada uma delas. Nesse caso, a troca de informações entre usuários do ASBC é muito conveniente.
  • A água quente no reservatório não evapora?
    Sim, a água quente evapora, mas com resultado pouco significativo para a temperatura da água. O problema não é o fato de haver vapor, mas sim o fato de que numa superfície aberta, o vento pode levar o vapor, obrigando a água a repô-lo e esfriando a água nesse processo. Na caixa de água não tem vento, causando um confinamento do vapor, não havendo assim a necessidade de sua reposição em grande escala. Em pequena escala sempre haverá uma reposição. Lembre-se que na fervura da água no fogão, ela acontece muito mais quando a tampa cobre a panela.
  • Existe algum perigo do reservatório virar uma panela de pressão?
    Não. Por mais que esteja vedada, sempre vai existir uma micro fresta que evitará o crescimento da pressão.
  • Mesmo que eu lacre bem o reservatório a água pode evaporar pelo ladrão?
    Sim, o ladrão também tem a função de válvula de escape de pressão, além de ser uma segurança contra transbordamento, caso haja alguma falha na torneira boia.
  • Posso usar o ASBC para esquentar a água da piscina?
    Sim, veja as informações nos manuais de piscinas e de grande porte.
  • Procurei os materiais em todas as lojas de minha região e não encontrei alguns como os adesivos e forros de PVC para montar o ASBC. Gostaria de saber se existe uma lista de fornecedores?
    Muitos leitores procuram montar os aquecedores a partir das explicações gerais do site www.sociedadedosol.org.br. O caminho é entrar em contato com o fabricante ou fornecedor e se informar qual é o revendedor mais próximo de sua região, caso tenha alguma dificuldade entre em contato conosco.
  • Como o início do processo da circulação de água entre coletores/caixa depende das temperaturas da placa e do ambiente? Qual delas é mais importante?
    Em tese, nenhuma das duas. Interessa a diferença de temperatura entre entrada da água (fria) na placa e saída da água (quente) da placa. Mas ambas por sua vez, dependem das variáveis mencionadas. E é esta diferença de temperatura que faz a circulação (termo sifão) acontecer. Resumindo: O lado frio, por ter menos temperatura, é mais pesado do que o lado quente. Esta diferença de peso é que inicia e mantém o processo de circulação.
  • É possível estimar a intensidade de radiação solar incidente sobre o coletor do ASBC (em W/m2), e quantos dias de irradiação solar temos, em média, no Brasil?"
    Padrão: ao meio dia, Sol claro, 1000 W/m² (Watts por metro quadrado). Exemplo: Se o ASBC for composto por 3 coletores, totalizando 2,4 metros quadrados, a radiação incidente nestas placas será de 2400 Watt. Se a radiação perdurar por uma hora, os coletores terão sido irradiados com uma energia de 2400 Wh ou 2,4 kWh. O Brasil tem uma média anual de 280 dias de sol, o que pode possibilitar retornos relativamente rápidos e garantidos para os consumidores de aquecedores solares. Já a energia solar que incide sobre o Brasil em um ano, é algo em torno de 42,5 milhões de MWh, o que corresponde algo em torno de 40.000 vezes o consumo nacional de energia elétrica.
  • Chuva de granizo: 1- Choveu granizo e fizeram alguns furos nos coletores, como devo fazer a manutenção nos coletores? 2- Existe alguma maneira de evitar que o granizo estrague o coletor?"
    Granizo é um fenômeno que pode danificar nossos coletores expostos às intempéries. 1- Para fazer a manutenção e concertar os estragos que o granizo causou nos coletores, siga o seguinte procedimento: a) Conseguir uma chapa de PVC de 0,5 a 2 mm de espessura. Sugestão de obtenção: Resto das placas de coletor em seu poder. b) Lixar com cuidado os locais onde as pedras de granizo afetaram as placas, retirando a pintura preta, c) Cortar as placas de PVC de forma a obter plaquetas que cobrirão os furos. Seria interessante que as plaquetas ultrapassem em cerca de 2 cm para todos os lados os furos ou mini rasgos presentes nos coletores. d) Diante da seriedade do problema, o uso do Plexus 310 é muito aconselhável; caso não tenha o Plexus, use o Araldite 24 horas, não esquecendo de sua mistura com talco mineral (usualmente o talco de uso humano, acessando sempre o fabricante para verificar se seu talco ainda é à base mineral). e) Já que as placas estão praticamente sem água, não deixe de cobri-las com jornal ou chapas de papelão ondulado para evitar que o sol esquente as placas excessivamente, iniciando um processo de deformação. f) Uma vez todos os furos selados, inicie o enchimento dos coletores com água, analisando cuidadosamente onde outros furos podem ter aparecido. g) Se tudo estiver consertado, acione todo o sistema, continuando a verificação. Se depois de uns 15 dias tudo estiver bem, pode pintar as manchas brancas representadas pelas plaquetas de PVC cobrindo os locais de vazamento. Observação: se o estrago for muito grande, será mais prático e econômico eliminar esse coletor e produzir um novo, substituindo o coletor danificado. Veja abaixo deste texto "Pensamentos Adicionais". 2- Sim, algumas, como por exemplo: a) Cobrir os coletores antes da chuva; b) Usar uma tela de arame com malha fina sobre os coletores com a desvantagem de que a tela irá produzir uma certa sombra nos coletores diminuindo a eficiência do sistema; c) Colar sobre o coletor uma tela (tipo de um tecido sintético com malha bem grossa) usada para reforçar lajes, e depois pintar com o esmalte preto fosco; isso vai engrossar a camada superior do coletor diminuindo bastante sua eficiência.
  • Qual a temperatura média que a água pode alcançar?
    Esses valores são praticamente impossíveis de serem informados. É que cada região tem suas características climáticas, sua média de irradiação solar e um enorme número de interferências naturais que podem fazer variar muito os resultados das medidas, sem falar dos dados do projeto que levaram à manufatura e instalação do ASBC e à forma de uso desta água aquecida pelo sol. Apenas como referência, na cidade de São Paulo as temperaturas do ASBC podem atingir de 35 a 45 ºC no inverno e 45 a 55 ºC no verão. admitindo: Caixa térmica com 200 litros de água; isolada termicamente; 3 coletores ASBC padrão; Tubulações de PVC de 32 mm entre caixa e coletores, com o duto de retorno também isolado; Diferença de altura entre metade das placas e o ponto de retorno da água quente à caixa térmica igual ou maior do que 60 cm. Inclinação das placas conforme o manual, Dia de sol. Confirmadas as condições acima, outra fórmula (100% experimental) poderia ser aplicada: Temperatura na caixa = Temperatura máxima do dia somado de 20 a 25 ºC no verão e 15 a 20 ºC no inverno.
  • Qual a temperatura máxima que os tubos de PVC para água fria (marrom) podem aguentar?
    Segundo manuais dos fabricantes, a temperatura máxima dos tubos de PVC não deveria ultrapassar 40 ºC. Esta baixa temperatura preserva a resistência obrigatória dos tubos a altas pressões. Aplicação no ASBC: Como este sistema não apresenta altas pressões, o limite térmico em laboratório é constantemente superado. A experiência de mais de 5 anos tem demonstrado que estes tubos aguentam temperaturas de até (ou mais) 60 ºC sem deformações ou problemas mecânicos. Nossos usuários têm confirmado esta informação.
  • Qual o tempo de duração dos coletores do ASBC?
    De início, os plásticos mais usuais oferecidos no comércio, polietileno, polipropileno, PVC, quando produzidos com pequena quantidade de aditivos anti-ultravioleta (UV), duram poucos meses quando expostos às intempéries. O PVC é o termo plástico que melhor suporta esta parcela de energia que vem junto com a luz solar. Mesmo assim a vida dos coletores deveria ser curta. Mas estes coletores, para poderem aquecer a água presente dentro deles, precisam ter cor preta fosca na face exposta ao sol. Quem realiza este efeito é a pintura das placas com tinta apropriada (sintética preta fosca). Esta fina camada de tinta, além do efeito de aquecimento, tem simultaneamente uma segunda função, criar uma sombra de UV, impedindo que esta radiação alcance a superfície do PVC, protegendo-a com muita eficiência. Resumindo: se os coletores forem repintados a cada 4 anos (rolinho + tinta), acreditamos poder afirmar que estes coletores durarão bem mais que os sempre mencionados 10 anos nos manuais e nos cursos realizados na Sociedade do Sol. Quanto aos fornecedores de forros de PVC: tendo em vista que eles fornecem seus produtos para serem aplicados em tetos de escritórios e de postos de gasolina, eles dificilmente terão respostas sobre a durabilidade dos seus produtos quando expostos ao sol. Quem vive estas experiências são os interessados em aquecedores solares que nos informam constantemente como as placas reagem quando expostas às intempéries.
  • Qual é a diferença entre a Energia Solar Térmica e a Energia Solar Fotovoltaica?
    A Energia Solar Térmica produz calor e a fotovoltaica gera energia elétrica.
  • Qual é a cola mais indicada para colar a placa de forro de PVC no tubo de PVC?
    A melhor cola é aquela indicada nos manuais, o Plexus 310. O Araldite profissional ou 24 horas, após alguns anos, começa a reduzir sua capacidade de adesão, podendo eventualmente levar a vazamentos desnecessários. Fora o Plexus 310, a resina Isoftálica, usada para montar pranchas e outros equipamentos, também tem se mostrado com bons resultados. No caso da resina, deixe-se aconselhar pelo revendedor, que vai lhe sugerir a adição de Anti-UV, e de talco mineral para que a resina possa ter consistência, permanecendo no lugar quando ainda flexível. Considerações sobre os Adesivos: Plexus 310: Adesivo bi-componente à base de meta-acrilato, é o mais indicado para tal aplicação, sendo encontrado apenas nos distribuidores do fabricante. Apresenta alta durabilidade e adesão, além de consistência adequada e tempo de secagem curto. Depois de preparado só permite 15 minutos de tempo de uso; assim sugere-se o preparo de pequenas porções de cada vez. A quantidade de cola Plexus 310 gastos por placa coletora é de 30 gramas, mais ou menos, e dependendo da pessoa que estiver trabalhando, esse valor de 30 gramas poderá subir para 50 gramas facilmente. Se trabalhar economizando, nossa sugestão é não utilizar menos que 25 gramas por coletor, pois vai ficar um coletor muito frágil. Araldite 24H (profissional): Facilmente encontrado no mercado (porém o custo está muito elevado), apresenta durabilidade razoável nesta aplicação. Leva cerca de 12h para ganhar consistência, portanto o ideal é colar uma superfície e deixar descansar, para então no dia seguinte virar e colar a outra face. Sugere-se adicionar talco mineral à mistura de Araldite já pronta, até adquirir uma coloração leitosa. Este procedimento aumenta a viscosidade do adesivo, melhorando sua eficiência e permitindo continuar as atividades nos coletores num período mais curto, cerca de 6 horas. A maioria dos talcos nacionais é mineral (ver FAQ 23). Na dúvida, consulte o fabricante. Resina de Poliéster iso-oftálica: É a resina comumente utilizada com "fiber-glass" (fibra de vidro), como por exemplo em prancha de surf. Encontrada apenas em lojas do ramo. Apresenta durabilidade média/alta. Por ser fluída demais, indica-se a adição de carga, como o Talco mineral # 325, à 50% em peso. Para o início do endurecimento, utilizasse catalisador (MEK) na proporção de 50 gotas/100g de resina com talco, o que permite 30 minutos de utilização da resina antes de sua inutilização. A cura completa se dá em cerca de 24 horas. (Dados: Resina UC ISO 1200, marca Elekeiroz) De resto: Durepoxi é Araldite, mas com menor capacidade de adesão. Silicone não tem estrutura interna de adesão, rasgando com facilidade. Observação: Está sendo testada a solda térmica, com resultados interessantes. Mas isto leva à necessidade da aquisição de equipamentos semi industriais.
  • Estou com dúvidas de como fazer o rasgo no tubo para encaixar o forro de PVC.
    O manual de manufatura apresenta, de forma detalhada, com fotos, uma maneira simples de como realizar estes rasgos. Sob prisma industrial, o uso de uma fresa sempre acelerará o trabalho.
  • Procurei em todas as casas de materiais de construção, revendedores de produtos químicos e não encontrei o adesivo Plexus 310. Como eu faço para adquirir esse adesivo?"
    A Maxiepoxi é o único distribuidor da Huntsman no Brasil com seus adesivos Metacrílicos e de base Epoxi. O peso mínimo fornecido pela Maxiepoxi é de 0,5 kg (dois potes de 250 gr cada). Quantidades acima de 40 kg podem ser solicitadas junto ao fabricante Huntsman - Ciba em São Paulo. Em contato por e-mail, fomos informados que atualmente estão indicando com o produto, Araldite F 362 de mesma base química, ou seja, Metil Meta Crilato. Sobre fornecimento, eles atendem todo território nacional. Pedidos podem ser encaminhados por telefone, (11) 5645-1900. Por e-mail, suelen.silva@maxepoxi.com.br / maxepoxi@maxepoxi.com.br .
  • O que é o talco mineral e como eu devo usá-lo?
    Talco ou Pó Mineral é um produto baseado em minérios que tem como função a de espessar o Araldite 24 horas e a Resina isoftálica, evitando escorrimento e garantindo uma boa adesão. Fornecedores: O talco mineral mais fácil de ser encontrado é o de uso humano (em especial o destinado para crianças). Este talco é usualmente baseado em minérios triturados. Mas por via das dúvidas, pergunte sempre ao fabricante se o talco escolhido realmente é de base mineral. É que existem alguns (poucos) fabricantes que usam em sua estrutura de talco, o amido, que nós conhecemos como "Maizena". Outro tipo de pó mineral é o Pó de Mármore. Na realidade estes pós minerais existem na maioria das lojas de construção, e empresas que vendem resinas para fibra ou lã de vidro, com os nomes e origens das mais variadas. Mas o importante é que seja um pó mineral bem fino igual a um talco.
  • Qual é a melhor forma de colar o isopor ou o polietileno atrás do coletor?
    Para fixar a manta de PE (polietileno expandido) ou a placa de EPS (isopor) na parte inferior do coletor solar, recomenda-se uma fita dupla face de boa qualidade, ou o adesivo de silicone muito conhecido e fácil de ser encontrado nas lojas e materiais para construção. Dica: para uma maior eficiência e duração do isopor, pinte-o com tinta látex antes de colar ou grudá-lo no coletor.
  • Como faço para eliminar a memória de forma da placa de PVC?
    1) Para eliminar do efeito memória que a placa alveolar de PVC sofre, devemos, após pintar os dois lados da placa com tinta esmalte preto fosco, posicionar um dos lados para o Sol, não sem antes ter coberto com fita tipo "crepe" um dos lados da placa. Essa fita evita a circulação de ar pelos alvéolos, reduzindo o tempo de aquecimento. A eliminação da memória se apresenta por uma torção que se inicia em poucos minutos após a exposição da placa ao Sol. Este é o exato momento para virar a placa, e expor o verso que ainda não recebeu a luz solar. Uma vez iniciada a contra torção, vira-se a placa novamente, passando-se pelo mesmo processo. Em cerca de 3 viradas completas, notar-se-á uma estabilização em relação as torções da placa. Esse é o momento em que a memória de forma estará praticamente eliminada. Retire a placa do Sol e coloque-a sobre uma superfície plana até que fique com a temperatura ambiente. 2) Ou fazer como sugerido a seguir: 2.1- Expor a placa ao Sol. 2.2- Após alguns minutos, quando iniciar uma flexão, virar a placa, expondo o outro lado ao Sol. Iniciar-se-á a contra flexão. 2.3- Virar novamente. 2.4- Seguir o processo por mais algumas vezes até a placa ficar insensível ao calor, não flexionando mais. A eliminação da memória pode levar de 20 a 60 minutos. 3) De forma profissional: Segundo técnicos dos fabricantes da resina de PVC, a eliminação da memória pode ser realizada em laboratório, com o uso de uma pequena estufa. Ela é de fácil montagem, cujo ar interno é aquecido por resistência ou por fileira de lâmpadas de 100 a 150 Watt. Essa estufa tem de 5 a 10 gavetas horizontais que receberão as placas. Dentro da estufa deverá girar uma ventoinha, distribuindo a energia térmica das lâmpadas. Um termostato regulado a 75°C liga as lâmpadas sempre que a temperatura interna começa a cair. Após 30 minutos as placas estarão sem memória de forma. Quando o interessado estiver montando a sua estufa, a equipe da Sociedade do Sol estará à disposição para eliminar qualquer dúvida.
  • Não encontro em minha região o forro Modular de PVC sugerido. Posso usar o forro de PVC comercial, vendido em tiras de 6 metros, juntando-os até obter a largura adequada para um coletor?"
    Em tese, sim. Em especial se for para seu uso pessoal. Mas se os coletores a serem montados tiverem aplicação fora do seu ambiente familiar, existem restrições quanto a seu uso. Motivos: Frequentemente na fabricação, eles são esticados excessivamente, ficando frágeis e pré-dispostos a apresentar rasgos causando vazamento de água. Pelo mesmo motivo, estes forros são bem menos resistentes ao granizo. Por outro, a união lateral, via adesivo, se não for feita com muita atenção, resultará em vazamentos, levando à perda de todo o trabalho, isto é, de todo o coletor.
  • Quais são as recomendações mais importantes sobre o adesivo Plexus 310?
    Veja a seguir algumas recomendações importantes sobre o adesivo Plexus 310. Ele deve ser armazenado a uma temperatura entre 12,7 e 23,8 oC, apresentando assim validade de 6 meses. Segundo o fabricante, pode-se aumentar um pouco este prazo armazenando-se em refrigeração (nunca congelar) entre 7,2 e 12,7 oC. Temperaturas acima de 26,6 oC aceleram o processo de cura do adesivo. Armazenar à temperatura acima de 37,7 oC degrada rapidamente o produto. Ainda se recomenda não utilizar o adesivo com material que contenha cobre em sua composição. Também se recomenda não usar o adesivo para vedar frestas maiores do que 1/8 de polegada (3,17 mm).
  • Consegui uma porta de PVC de 1,30 x 0,80 cm e espessura de 3,5 cm. Gostaria de saber se eu posso usá-la para construir o coletor solar?"
    Infelizmente com esta espessura, de 35 mm, e uma área de 0,8 m x 1,3 m +/- = a 1 m², um volume de 35 litros da água a mais quente possível, perder-se-á no final do dia, dentro da placa, algo como 40 a 50% do potencial de aquecimento de coletores bem mais estreitos. Resumindo: Pode usar, mas não vai esquentar tanto a água na caixa. Por outra, como acoplar a placa ao tubo se ela tem espessura próxima ao do tubo? Mesmo sendo um tubo de 40 mm. Bem, já viu, não é? Mas jamais desista de suas experiências. Siga em frente com suas ideias. Algo de muito bom sempre resulta. É o pesquisador que adianta nossa tecnologia.
  • Posso colocar o coletor do ASBC dentro de uma caixa coberta com vidro para fazer o efeito estufa?
    O ASBC foi desenvolvido para apenas esquentar água para banho, portanto nada muito além dos 45°, 50°, 55 °C. O PVC suporta até ± 70 °C sem apresentar problemas. Justamente por isso é que o coletor é aberto, e que podemos usar os tubos para água fria no sistema do ASBC. Se você colocar o coletor dentro de uma caixa fechada, esse vai se deformar e apresentar problemas de vazamentos, torções, descolagem etc.
  • Posso montar um coletor com 3 placas em um único tubo de 32 mm de 2,10 m inferior e outro 2,10 m superior, eliminando assim as luvas?"
    Sim, pode fazer assim. Tenha porém o cuidado de não forçar as juntas coladas. Ajustar uma placa é uma coisa. Ajustar 3 de uma vez, pode, num momento de descuido, levar a uma falha no adesivo. Sugestão: 1 - Fazer o primeiro aquecedor exatamente como manda o manual. 2 - Aprender tudo que deve ser aprendido. Conviva com ele de perto por algumas semanas. 3 - Aplique sua nova vivência, inserindo-a na alteração do projeto, a gosto pessoal.
  • Posso colocar no lugar do tubo de 32 mm o tubo de 25 mm na placa ASBC? Por que se pede o tubo de 32 mm?
    O ASBC E O DIÂMETRO DOS TUBOS DE PVC Histórico: Desde 2001 a equipe da Sociedade do Sol experimenta a possibilidade do uso dos tubos marrons de PVC de 25 mm, contrariando a clara sugestão nos manuais de manufatura do ASBC que afirmam categoricamente as vantagens dos tubos de 32 mm. A razão da animada troca de ideias com usuários e Monitores, é o custo mais aceitável desta segunda família de tubos e componentes quando comparada à equivalente de 32mm. Processos que envolvem a circulação e aquecimento: A bomba Solar: A bomba solar (a força que aciona a circulação denominada de termo sifão, que faz a água circular naturalmente entre coletores, a caixa e retorno aos coletores), tem uma pressão de cerca de 1 mm de coluna de água. (Valor calculado pela diferença de peso "das águas" entre lado quente e lado frio do conjunto do ASBC). Só para comparar, a menor bomba que existe no comércio, uma das que são usadas em aquários, tem uma pressão estática de no mínimo 100 mm. O ASBC deve operar com 1 mm ou menos de pressão. Disto tiramos que o caminho das águas deve ser o mais desobstruído possível, para que haja boa velocidade de circulação; condição para que haja pouca perda térmica nas placas. Perdas térmicas nas placas: Quanto mais velocidade, mais rapidamente a água passa pela placa, menos energia ela recebe da luz solar e menos energia térmica pode ser levada da mesma pelo vento passante (realizando o processo da convecção do ar). Este conceito, às vezes, é difícil de ser entendido, pois, como é que existe eficiência na entrega do calor à caixa, se dentro da placa só houve um pequeno aumento de temperatura? A diferença é exatamente a ausência de partes bem mais quentes no coletor; partes que naturalmente estariam entregando energia ao meio ambiente (ar passante). Este fenômeno de perda é menos perceptível em coletores do tipo tradicional, que contam com uma superfície de vidro que impede a chegada do ar frio à placa negra metálica, praticamente anulando o efeito de perdas via convecção. Conclusão conceitual: 32 mm: Baseado nos efeitos acima apresentados, escolhemos o melhor tubo disponível no mercado para o ASBC. O de PVC marrom de 32 mm. Prova dos nove: Será que a defesa do tubo de 32 mm é 100% verdadeira? Montagens Preparadas: Em 2008, contando com o apoio de duas voluntárias mexicanas que vieram para levar nossa tecnologia ao México, decidimos tirar a "prova dos nove". Afinal, um ASBC padrão, com caixa de 310 litros e 3 coletores, poderia eventualmente operar adequadamente com tubos de 25 mm? Montamos dois sistemas iguais, um 100% em 32 mm, o outro 100% em 25 mm. Características dos sistemas ASBC: 1 - Diferença de altura entre metade do coletor e o ponto de retorno da água quente na caixa dos dois aquecedores ASBC, foram calibradas para 63 cm. 2 - As duas caixas de 250 litros cada, foram revestidas com cobertura isolante de 2 cm de polietileno expandido. 3 - Os tubos de saída e de retorno (25 e 32 mm) contando com isolamentos de 10 mm de polietileno expandido. 4 - Todos os quatro cotovelos de 90° do ASBC de 25 mm, foram substituídos por curvas longas de 90° (estas curvas se caracterizam por sua baixa perda hidráulica). Os quatro cotovelos de 90° do sistema de 32 mm foram mantidos originais. 5 - Período das medidas: abril e maio de 2008. Medidas e resultados: Depois de dois meses de diárias tomadas térmicas, que envolveram numa certa tarde a exposição dos aquecedores a um intenso temporal de 20 minutos de granizo que arrebentou a cobertura verde da USP (furando nossas placas com, na média, 4 furos por placa, furos todos devidamente cobertos por adesivos), chegamos aos seguintes resultados: 1 - Temperaturas na caixa: de 40 °C a 43 °C (esta temperatura poderia estar mais alta se estivéssemos atendendo à sugestão do manual de manufatura, que informa que em São Paulo, devido à poluição local, cada coletor aquece somente 70 litros de água diariamente). 2 - Diferença de temperatura entre as caixas: Dependendo do dia, de 1 °C a 1,5 °C. 3 - Temperatura inicial da água no início do dia: de 15 °C a 20 °C. 4 - Admitindo a diferença de 1,5 °C como padrão, podemos calcular qual a energia que deixou de ser acumulada na caixa do ASBC de 25 mm. 250 litros x 1,5 graus = 375 kcal diários, que, anualizados representam: 375 x 365 dias = 136.875 kcal equivalente a 159 KWh que deixaram de ser adicionados à água. É um valor pequeno diante a produção térmica dos aquecedores, que anualizada equivale 2.534 KWh. 159 KWh / 2.534 KWh = 6,2 % de perdas. Esta perda pode ser aceita pelo usuário, diante do pensamento de que, sem a substituição dos tubos e componentes de 32 mm por tubos e componentes de 25 mm, possivelmente, por motivos econômicos, o ASBC nem teria sido manufaturado pela família. Pensamentos e posições finais: A equipe Belo Sol da Botega Engenharia de Tubarão (monitores nossos na região), que usam a tecnologia ASBC em seus aquecedores, ao fornecerem somente duas placas na qualidade de modelo industrial, não estão incorrendo em erro ao deixarem de aplicar a seus sistemas os tubos de 32 mm. Fica claro que ASBCs com quatro ou mais coletores, oferecem perdas substanciais se as tubulações escolhidas forem de 25 mm, não valendo seu uso em aquecedores de porte maior. Nada como dar uma olhada no manual do ASBC de médio porte (o de 1000 litros), onde a diferença de altura entre placa e ponto de retorno de conjunto de 5 coletores com tubos de 32 mm é muito maior (140 cm) do que os sugeridos 60 a 70 cm em sistemas de 3 coletores. Se o ASBC estiver trabalhando no limite, obrigando ao uso diário do chuveiro elétrico na qualidade de apoio térmico, o uso dos tubos de 32 mm deveria ser reavaliado. A posição formal da equipe da Sociedade do Sol é que o tubo de 32 mm ainda é a melhor solução custo benefício na atualidade, envolvendo sistemas de 3 a 5 coletores.
  • Por que tenho que instalar um Pescador no reservatório, ao invés de simplesmente instalar a saída de água quente em um nível um pouco abaixo do nível d'água que é controlado pela torneira boia (entrada d'água da rede pública)?"
    1- É para o caso de faltar água para reabastecer o reservatório (água da rede pública). Quando a água quente estiver sendo usada, seu nível baixará e o duto que vai levar a água ao chuveiro estará exposto, sem água para entrar nele, impossibilitando o banho. 2- Porque quando se está consumindo a água (tomando o banho) a vazão desse consumo geralmente é maior do que o reabastecimento pela torneira boia (entrada de água fria), baixando assim o nível d'água dentro do reservatório, podendo ocorrer a mesma situação acima. 3- Evitar que os coletores fiquem sem água, para não haver deformações por excesso de calor. O pescador é uma saída muito interessante e fácil demais de ser montado. Veja mais informações em MONTAGENS de RESERVATÓRIOS, 5° PASSO.
  • Baixei o manual do ASBC, mas tenho uma dúvida quanto à foto da 1ª página, onde é mostrada a captação de água para os canais de aquecimento no mesmo nível de retorno. Acontece que na página 5 há uma representação mais clara, onde é mostrada a coleta da água na parte inferior do reservatório, que seria o mais lógico. Aí pergunto: Qual está correto?"
    Os dois estão corretos, é que no primeiro caso trata-se de um reservatório misto, ou seja, com água quente e fria no mesmo reservatório. Já no segundo caso, trata-se de um reservatório somente de água quente. Portanto temos dois casos diferentes.
  • Os três furos têm que estar exatamente na mesma altura ou posso fazer o retorno da água aquecida mais acima? O que muda?
    As tubulações e funções da saída e do retorno quente são totalmente independentes. Fazendo o furo de retorno mais alto, o sistema ficará um pouco mais eficiente, pois a circulação de água aumentará. Mas sempre lembrando que não podemos fazer o furo de retorno muito alto, pois se por algum motivo o nível de água na caixa baixar, por exemplo em momentos de falta de água, ou se a vazão para o chuveiro for maior que a entrada de água na caixa e o flange do retorno deixar de ficar submerso, a circulação de água entre coletores e caixa será interrompida, perdendo-se o aquecimento da água que o Sol poderia estar promovendo nestes momentos. Através de cálculos realizados em nosso laboratório, verificamos que a pressão que faz o sistema solar circular corresponde a uma coluna de 1,5 mm de altura (0,0015 m.c.a. que significa 0,0015 metros de coluna de água). Exemplificando, qualquer motobomba comercial tem no mínimo 10.000 mm (10 m.c.a.) de pressão. Fica claro que o bombeamento ou circulação solar é fraco e requer a máxima atenção para que opere bem.
  • Gostaria de saber qual é a diferença em termos de rendimento entre a utilização de um reservatório de água exclusivo para o aquecedor e a utilização do reservatório misto quente frio. Quais são os prós e contra de cada um destes sistemas?
    O ideal é usar uma caixa para cada função, ou seja, uma caixa para água fria e outra para a água quente. O rendimento com caixas separadas é bem melhor. Em uma única caixa (reservatório misto - caixa mista) você terá uma perda no rendimento porque estará com uma porção de água quente sobre uma porção de água fria, e por melhor que seja o isolamento térmico, sempre vai haver uma transferência de temperatura por contato (transmissão) tanto da água quente para a água fria, como da água fria para a água quente. Dependendo do dia (quente com muito Sol) e do tamanho do reservatório, você poderá ter nas torneiras água um pouco morna em vez de água fria; ou dependendo do dia (frio e sem Sol) você não terá nada de água quente, nem ao menos um pouquinho morna para o chuveiro. Agora se fizer caixas separadas isso não vai acontecer; caixa de água fria será sempre fria, e caixa de água quente poderá ser levemente quebrado o frio se houver um pouco de claridade, sempre dando alguma economia de energia elétrica.
  • Como isolar termicamente uma caixa d’água comum, qual os melhores materiais para isso?"
    No manual diz: "Material isolamento térmico - serragem, jornal, forração, EPS, grama seca picada etc. Isolar as laterais e tampa". Mas, esses materiais podem ser substituídos por muitos outros. O importante é manter a caixa revestida (laterais e tampa) para não perder calor, ou o mínimo possível. Outro fator muito importante é sobre o local que a caixa de água térmica vai ficar; se ficar externa (do lado de fora do telhado, ou sobre uma laje), o revestimento tem que ter uma proteção contra os raios U.V. (ultravioleta) do sol, as chuvas, ventos, etc. Baseado nesses fatos, pode-se fazer o revestimento com isopor, plástico bolha, cobertor, etc., mas sempre por último, sobre tudo usar uma lona (do tipo que se usa em caminhões) cobrindo a caixa e fechando por baixo como se fosse um saco (de ponta cabeça). Pode-se usar infinitos tipos de materiais para fazer esse isolamento térmico. O resultado final terá que fazer com que o reservatório térmico mantenha o máximo a água aquecida.
  • Posso isolar a caixa de água com isopor?
    Sim, entretanto se for ficar exposta ao sol, sugere-se que seja revistada com uma manta metálica, tipo a que é utilizada para cobrir piscinas.
  • Qual é a temperatura máxima que as caixas de água de Polietileno e de fibra de vidro suportam?
    Todos fabricantes confirmam que a temperatura máxima permanente sugerida para caixas de água feitas com Polietileno Linear para fins de rotomoldagem, é de 60 °C. Se chegar por exemplo a 65 °C, em estado permanente, pode, eventualmente iniciar-se um processo de lento alargamento deste tipo de caixa. E este decididamente não é o caso do ASBC. No ASBC as temperaturas variam constantemente, dificilmente chegando a níveis de 60 °C. Logo: Em caso de haver o (natural) desejo de uma absoluta certeza, pode-se sugerir caixas de água de fibra de vidro ou inox. Elas aguentam 70 °C, segundo os fabricantes.
  • Meu chuveiro não tem pressão d'água suficiente. Como posso resolver isso?
    O chuveiro tem um controle interno de vazão de água. É um tipo de arruela plástica com um pequeno furo (redutor de pressão), exatamente para evitar o consumo excessivo de água, permitindo seu aquecimento. No caso de haver pouca pressão, retire esse redutor que fica logo na entrada de água do chuveiro. Se ainda assim a pressão for pequena, retire o chuveiro da parede e abra o registro para verificar se a vazão de água é suficientemente boa. 1- Se não for, terá que verificar o encanamento. Pode estar com entupimentos, principalmente se for com canos antigos (ferro), nesse caso será necessário a substituí-los. Se o encanamento está em ordem, pode ser porque a queda d'água é pouca, ou seja, a caixa d'água está muito baixa em relação ao chuveiro. Nesse caso, ou se suspende a caixa d'água (muita mão de obra), ou se usa um pressurizador de água (bomba d'água) entre a saída da caixa e o chuveiro. Já existem no mercado alguns modelos para serem instalados entre o chuveiro e a parede. São simples e econômicos, podem resolver bem esse problema, inclusive no caso dos canos de ferro que com o tempo diminuem seu diâmetro interno com o acúmulo de oxidação. Veja em lojas de materiais de construção (principalmente as grandes). 2- Se a pressão for boa, você pode tentar alargar o furo de entrada de água do chuveiro. Em muito modelos essa entrada é em PVC, podendo facilmente com uma lima redonda desgastar esse orifício.
  • O que é um regulador de potência ajustável? Como colocá-lo em um chuveiro comum?
    Esse regulador é um componente eletrônico chamado de DIMMER.
  • Qual o consumo de eletricidade em kWh quando o aquecimento solar não é suficiente e o chuveiro elétrico é acionado como apoio térmico?
    Informação inicial: kW (Quilowatt) = Potência Em primeiro lugar, vamos caracterizar kW (Quilowatt), para logo adiante entender o kWh (Quilowatt hora) aquela sigla na conta cuja quantidade resulta no valor a ser pago. Potência de um aparelho é dado em W (Watt), ou para simplificar, em kW (Quilowatt), se forem muitos Watt. Por exemplo, um tostador tem o potencial de consumir 1200 Watts. Isto equivale a 1,2 kW (Quilowatt). Diz-se que ele tem a potência de 1,2 kW. Ou então uma lâmpada forte: Ela tem a potência de 0,2 kW ou então 200 W Ou então o chuveiro elétrico, que tem a potência de 5.000 W que simplificando representa 5 KW. Mas KW não representa consumo de energia. Ele só é o potencial presente no aparelho para consumir energia, caso ele seja ligado à rede. Continuação: kWh (Quilowatt hora) = Energia Surgiu a variável "tempo" (hora) em nossa explicação. É o seguinte: Quando o aparelho fica ligado por algum tempo, por exemplo, algumas horas, ele passou a consumir energia elétrica. Para saber quanto, basta multiplicar sua potência em kW pelo tempo durante o qual ele foi usado. Exemplos: O tostador ficou ligado por duas horas. Sua potência é de 1,2 kW O tempo foi de 2 horas Logo, multiplicando 1,2 kW por 2 horas teremos 2,4 kWh (Quilowatt hora) de energia consumida. A lâmpada ficou ligada por 5 horas. Sua potência é de 200 W O tempo foi de 5 horas. Logo, multiplicando 200 W por 5 horas, teremos 1000 Wh ou então 1 kWh (Quilowatt hora) de energia consumida. O chuveiro ficou ligado por 1,5 horas. Sua potência é de 5 kW Logo, multiplicando 5 kW por 1,5 horas, teremos um consumo de 7,5 kWh (Quilowatt hora) de energia consumida. E o que temos em nossa conta? Nela é apresentada a soma dos KWh de energia consumida durante todo o mês por todos os equipamentos de uma casa. Admitindo que a casa consumiu 500 kWh (Quilowatt hora) Admitindo que a energia custa R$ 0,43 por kWh. Logo a conta em reais será de 500 x 0,43 = R$ 215,00 Dando continuidade à pergunta acima: Com 5,6 kW de potência (potência total do chuveiro), você pode esquentar a água do chuveiro em 20 °C na posição inverno. Com 4,4 kW de 15 °C, na posição verão, sempre admitindo uma vazão de 3 litros por minuto pelo chuveiro. O resto é cálculo. Por exemplo, se a água solar chegou a 35 °C e meu corpo pede 40 °C, ela deve ser aquecida de 5 °C. Vamos ver qual a potência necessária para isto: Regra de três: Se 5,6 kW esquentam 20 °C, então X kW esquentam 5 °C. X multiplicado 20° = 5,6 KW x 5 °C X = 28 KW / 20 °C X = 1,4 KW. Este é a potência em kW do chuveiro necessária para dar o conforto esperado pelo usuário. Esta potência, ao ser acionada por algumas horas, indicará qual a energia consumida em kWh e que deverá ser paga pelo usuário.
  • Posso usar um fogão a lenha (sistema de serpentina) como apoio térmico ao invés do chuveiro elétrico?
    Sem dúvida, mas não com a tecnologia do ASBC que é toda dirigida ao uso de termoplásticos. O sistema de serpentina pode aumentar muito a temperatura, danificando os equipamentos. A saída com o aquecedor tradicional, metálico, é a saída termicamente correta.
  • Por que os coletores têm que ficar voltados para o Norte? Qual é a inclinação certa para cada região?
    O motivo de os coletores terem que ficar voltados para o Norte, resumidamente, é que no INVERNO a posição de máxima irradiação do Sol se dá ao meio dia (é este momento que mais interessa ao aquecedor). E neste momento, na parte meridional (mais ao Sul) do Brasil, o Sol está exatamente na posição do Norte verdadeiro. Por isso os coletores devem ter sua face de captação (negra) dirigida ao Norte. Uma das águas do telhado deve, sempre que possível, estar direcionada ao Norte Verdadeiro, com desvio máximo, seja à direita ou à esquerda (oeste ou leste), de 45 graus. (Observação: Norte verdadeiro = 18° para Leste do Norte magnético). No caso de casa com apenas duas faces (Leste / Oeste) do telhado, a escolha de uma delas para instalar os coletores, vai depender do período (manhã ou tarde) que mais bater Sol na região. Se as condições permitirem, faça uma estrutura para tentar voltar os coletores o mais próximo possível dentro dos 45° (+/-) sugeridos acima. A inclinação do telhado deveria ser próxima à da latitude local. Pode-se superar esta inclinação em até 10 graus, melhorando a eficiência do equipamento no período de inverno. Para calcular o ângulo ideal para essa inclinação, use a latitude local e some mais 10°. Por exemplo, em São Paulo - Capital, a latitude é de 23º. Assim o ângulo de inclinação com a horizontal pode variar de 23 a 33 graus. No caso de casa com laje ao invés de telhado, pode-se montar uma estrutura leve com tubos de PVC ou com ripas, para obtenção da correta inclinação e direção dos coletores.
  • Quais os cuidados com o coletor vazio exposto ao sol?
    Se deixar o coletor vazio exposta ao sol vai super aquecer e como consequência irá se deformar, prejudicando ou inviabilizando a união dos coletores com luvas de correr ou soldáveis na montagem final. Caso isso aconteça, terá que usar uniões flexíveis como os mangotes (com proteção UV) e abraçadeiras. Para evitar essa situação, mantenha os coletores cobertos ou sempre com água. Veja mais informações na FAQ n° 50
  • Quero colocar os coletores abaixo do telhado, já que meu forro é muito quente. Funciona?"
    O ASBC vai aquecer a água um pouco. Mas nada como expor os coletores diretamente ao sol para ter o verdadeiro aquecimento.
  • Fui informado de que quanto mais alto os coletores, melhor a operação do ASBC."
    Faltou explicar a posição do reservatório térmico que recebe a água quente dos coletores. Sua posição é obrigatoriamente mais alta que a dos coletores. Esta é a condição obrigatória para que a água aquecida nos coletores possa ir automaticamente, sem o uso de bombas de circulação, ao reservatório.
  • Qual a melhor opção para fazer a união entre os coletores do ASBC?
    Se os coletores forem ficar logo abaixo do reservatório, onde a pressão de coluna de água sobre essas uniões será mínima, a melhor opção é usar luvas de correr para tubo soldável (32 mm). Para facilitar o encaixe use pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido. Assim se precisar fazer reparos ou substituição de alguma placa futuramente, será muito prático. A seguir, são dadas três opções para juntar os coletores (união em paralelo). 1°) usar união simples entre dois tubos, um com bolsa e outro normal. Necessário usar cola (adesivo) para tubo soldável. Observação: só faça esse tipo de união se tiver total certeza do acerto entre os coletores; 2°) usar luva soldável. Usando essas luvas você pode ao invés de colar, usar fita veda rosca; 3°) usar luvas de correr para tubo soldável (ver explicações acima). Para fazer reparos ou substituição de um coletor no caso das opções 2 e 3, faça da seguinte maneira: com os coletores vazios, use um martelinho para dar pequenas marteladas na luva até que ela se solte do tubo do coletor (tubo de 32 mm), assim não irá forçar a soldagem (colagem) das placas (forro de PVC no tubo de 32 mm).
  • Como faço para prender os coletores sobre as telhas onduladas?
    Para esses tipos de telhas onduladas, a solução é a seguinte: Primeiro você terá que arranjar parafusos com arruelas de ferro (de preferência parafusos e arruelas de latão) mais algumas arruelas de borracha (pode ser de câmara de pneu), com um tamanho da altura da curva da telha, mais uns três a cinco centímetros. Desconfio que o tamanho ideal seja de 7,5 cm, esse é o tamanho que uso para telhas com 3 cm de altura. Agora, encontre sobre as telhas algumas cabeças de pregos, que são os pregos que seguram as telhas. Perceba que esses pregos formam carreiras horizontais. Se der para verificar e confirmar isso antes de subir no telhado será ótimo. Muito bem, use pedaços de tábuas sobre essas carreiras de pregos para poder andar por cima desse telhado. NUNCA pise em um ponto onde você não tenha certeza de que existe uma viga/caibro debaixo desse ponto (debaixo da telha). Depois calcule mais ou menos onde vão ficar os coletores, veja quais pregos estão próximos do local escolhido. Siga as carreiras dos pregos na horizontal e escolha uma ondinha da telha bem ao lado (na horizontal) de uma ondinha que tenha um prego e que seja próximo ao local onde deverá amarrar uma ponta de um dos coletores. Agora use uma furadeira para fazer um furo na parte alta da onda da tenha (ao lado ou próximo da onda que tenha um prego, e sempre na horizontal, seguindo a carreira dos pregos que provavelmente estão fixados em uma viga/caibro sob as telhas). Então o furo que fizer na telha deverá chegar até essa viga de madeira que será onde vai fixar o parafuso com as arruelas. Faça quantos furos achar necessário para fixar todos os coletores. Depois, para prender os coletores nos parafusos que você escolheu, faça assim: parafuso + uma ou duas arruelas de borracha + arruela de metal + uma ponta de fio de força (de luz, de cobre) enlaçado no parafuso e + outra arruela de metal. Pronto, agora você já tem um fio para amarrar o coletor sobre as telhas onduladas.
  • Existe limite máximo de distância entre os coletores e o reservatório térmico?
    Em se tratando de uma residência, o limite sempre deve ser tentar instalar os coletores o mais próximo possível do reservatório, e sempre com uma boa isolação térmica no tubo do retorno, respeitando a diferença de altura entre a placa e ponto do retorno de 70 cm. Aliás, quanto mais distante ficarem os coletores do reservatório, maior deve ser o isolamento, e maior a diferença de altura mencionada acima. Observação: O tubo de retorno não deve ultrapassar 5 metros.
  • Como posso evitar deformações nas placas de forro de PVC por excesso de calor (irradiação solar) durante a instalação?
    Uma das formas para simplificar a montagem do ASBC, evitando possíveis maus resultados da exposição ao sol de coletores pré-pintados de preto fosco que ainda estão sem água, é a transferência do instante da pintura para o momento final, quando a instalação do ASBC estiver 100% acabada, vazamentos analisados e resolvidos, coletores cheio de água, fixações do sistema ao telhado, caixa térmica em operação etc. Neste momento, antes da entrada da noite, a pintura é aplicada, secando no decorrer da noite, começando sua ação de aquecimento no dia seguinte. Esta forma de atuação facilita demais as atividades na implantação de sistemas maiores onde o tempo de implantação chega a dias, situação em que fica difícil evitar a radiação solar sobre os coletores, com respectivos resultados indesejados como entortamentos irreversíveis. Explicação do uso deste método de pintura: As placas brancas alveolares, que integram os coletores solares, refletem e reirradiam a luz solar, impossibilitando o processo de aquecimento, protegendo o sistema de aquecimento ainda indesejado.
  • Posso colocar o reservatório mais alto que a caixa d'água normal?
    Sem dúvida. O reservatório térmico tem sua própria torneira boia, recebendo água da rede pública, independendo da água proveniente da caixa d'água fria. Colocar o reservatório mais alto que a caixa d'água normal é até bom pois irá melhorar a pressão d'água pré-aquecida no chuveiro.
  • O fundo da caixa não precisaria também de um isolamento térmico?
    Este isolamento adicional não é obrigatório. Toda vez que se consome água quente, a torneira de boia irá recompor a água da caixa, depositando a água fria no fundo da mesma que, desta forma, quase sempre se mantém com temperatura reduzida. Mas para o perfeccionista, nada como isolar o fundo também.
  • Dicas de qual a melhor maneira de abrir o telhado para introduzir a caixa de água para o ASBC.
    Para abrir o telhado, vai depender muito do tipo e da montagem do madeiramento. Mas, de modo geral se faz assim: Retirar as telhas do espaço necessário para dar passagem a caixa de água nova Com um serrote cortar em diagonal as ripas horizontais sempre sobre o caibro que fica na vertical; assim vai ficar metade da ripa sobre um caibro e a outra metade será do pedaço de ripa que será retirada. Será um corte assim (\====/). Fazer o mesmo com o caibro da vertical que estará sobre uma viga na horizontal. Usar uma furadeira para fazer furos nessas madeiras que foram retiradas. Depois quando for retorná-las ao local de origem prenda-as com parafusos. Se tiver alguma tinta velha ou que não tem previsão de uso, pinte essas madeiras. Assim se tiver que fazer futuramente algum trabalho que necessite abrir o telhado, já saberá onde está a abertura. Será só retirar as telhas e desparafusar as madeiras.
  • No manual diz "Todo material embutido deve ser obrigatoriamente de alta temperatura e com isolamento térmico". 1- Quais são os materiais que servem para as altas temperaturas? 2- Como é esse isolamento térmico dentro da parede?"
    1- Os materiais (tubos e conexões) podem ser de cobre, CPVC, polipropileno, polietileno etc. 2- Nas lojas de materiais de construção existem várias opções para revestir os tubos embutidos, tais como dutos de polietileno expandido (sempre com parede de 10 mm), plástico bolha em polipropileno bem espesso para durar eternamente. Também pode ser usado jornal enrolado e bem amarrado etc. Finalmente aplicada uma camada de cimento sobre tudo.
  • Como deve ser as interligações de um ASBC com reservatório de 1000 litros e dez placas coletoras de energia solar?
    Para esse tipo de sistema, podemos fazer as interligações de várias formas. A seguir, um breve resumo. Como exemplo é demonstrado a seguir um esquema básico com dez placas coletoras solares divididos em dois conjuntos, fazendo assim dois sistemas com duas entradas de água quente no reservatório. Essas entradas devem ficar ± no meio da caixa e um pouco distantes uma da outra. De resto, é tudo igual. Para que o sistema funcione corretamente é obrigatório que o(s) coletor(es) estejam abaixo do nível do reservatório (ver mais detalhes no Manual de Manufatura do ASBC 1000 litros), e em uma inclinação de aproximadamente 33° (água fria entra por baixo enquanto a água quente retorna para o reservatório por cima). Os coletores devem ficar fora do telhado, expostos ao Sol e voltados (o máximo que puder) para o lado Norte. Uma pequena inclinação lateral é necessária para evitar que se acumule bolhas de ar, bloqueando a circulação da água. Para que o sistema funcione corretamente é obrigatório que o(s) coletores estejam abaixo do nível do reservatório (ver mais detalhes no Manual de Manufatura do ASBC 1000 litros), e em uma inclinação de aproximadamente 33 graus (água fria entra por baixo enquanto a água quente retorna para o reservatório por cima). Os coletores devem ficar fora do telhado, expostos ao Sol e voltados (o máximo que puder) para o lado Norte. Uma pequena inclinação lateral é necessária para evitar que se acumule bolhas de ar, bloqueando a circulação da água. Componentes do ASBC: 1. CAIXA D'ÁGUA a) entrada de água (água fria da rua) b) boia para controlar o nível de água na caixa d’água. Essa "boia" é uma torneira controlada por uma boia que serve para limitar o nível de água dentro da caixa d'água. c) ladrão (segurança contra transbordamento). O "ladrão" deve ficar o mais alto possível de uma das laterais da caixa d'água. Sua saída deve ser alongada para fora do telhado ou ir até dentro do box no banheiro. Ele tem a função de segurança contra transbordamento de água caso a boia fique emperrada ou vazando. d) saída de água fria da caixa d’água para o chuveiro. Essa saída deve ficar bem próxima ou no fundo da caixa d'água. e) registro para dosar o volume de água fria no chuveiro. Esse registro será para resfriar a água vinda do reservatório. Isso quando mesmo desligando o chuveiro a água ainda esteja muito quente. f) chuveiro elétrico com ajuste de temperatura. Esse pode ser qualquer chuveiro com ajuste de estações. É conveniente usar um "dimmer para chuveiro" em série. Isso oferece um melhor ajuste de temperatura. g) rede elétrica para ligar a resistência do chuveiro caso a água esteja fria. O chuveiro será ligado normalmente na rede elétrica, porém pode não ser necessário que esteja em funcionamento se a água que vier do reservatório estiver quente o suficiente para o banho. 2. COLETOR entrada de água fria no coletor. Essa entrada fica na parte inferior do coletor saída de água aquecida no coletor. A água aquecida no coletor fica mais leve que a água fria. Por esse único fator a água fria pressiona a água quente para cima fazendo com que ela retorne para o reservatório. O cano que vai do coletor até o reservatório deve ser revestido termicamente para não perder calor. 3. RESERVATÓRIO (caixa d’água térmica) entrada de água fria (água fria da rua) no reservatório (com redutor de turbulência). Essa entrada usa uma boia comum para controlar o nível de água dentro do reservatório. É aconselhável colocar uma extensão com cano PVC ou uma mangueira com furos para evitar turbulência de água dentro do reservatório, evitando que a água quente se misture com a água fria saída de água fria do reservatório para o coletor. A água quente é mais leve que a água fria. Portanto essa saída deve ficar o mais baixo possível do reservatório e bem próxima do redutor de turbulência (entrada de água fria) entrada de água aquecida no reservatório. Essa entrada deve ficar do lado oposto a entrada de água fria e um pouco abaixo do nível máximo de água dentro do reservatório. Esse nível é controlado pela boia de entrada de água fria. saída de água aquecida do reservatório (com boia tipo pescador). Essa saída deve ficar um pouco abaixo da metade do reservatório. É aconselhável usar uma boia tipo pescador para captar mais água aquecida. A água próxima da superfície do reservatório é sempre mais quente. registro para dosar o volume de água aquecida no chuveiro. Quando for tomar o banho, primeiro abre esse registro e espere até sentir se a temperatura está agradável. Se estiver muito quente tente diminuir no regulador de potência (ou na chave Verão/Inverno do chuveiro). Se ainda assim ficar muito quente abra um pouco o registro de água fria (e).
  • Meu telhado é muito baixo. Nesse caso existe alguma alternativa para instalar o ASBC?
    Sim, uma alternativa e suspender a caixa.
  • O que devo considerar no caso de coletores estarem no mesmo nível do reservatório térmico?
    Confeccionar e usar placas com a metade do tamanho da placa padrão. Na instalação, os pequenos coletores devem ficar o mais perto possível da ponta do telhado. Instalar os coletores abaixo do nível do telhado, usando suporte preso na parede. Construir uma pequena casinha ou laje ultrapassando a altura do telhado para abrigar o reservatório térmico. Instalar o ASBC sobre um poste super reforçado. 100% seguro. Obsservação: essa opção também serve para o caso do telhado da casa não suportar o peso de uma caixa de água.
  • A tecnologia do ASBC pode ser aplicada em Edifícios?
    Certamente. Esta tecnologia permite aquecimento de qualquer volume de água, não somente familiar. Mas existem problemas a serem analisados. Um prédio de apartamentos para poder receber corretamente um sistema de aquecimento solar de água, deveria ter sido projetado originalmente para este fim, prevendo a existência tubos capazes a aguentar e distribuir água quente pelo prédio. Disto resulta que um prédio antigo necessitará de uma pequena revisão do seu projeto hidráulico. Isto significa a adição de uma distribuição vertical externa de água, munida de entradas laterais para levar a água aos chuveiros elétricos ou aos reservatórios térmicos, também denominados de "boilers". Para efeito de controle, procurando minimizar problemas com condôminos ainda não bem integrados a uma saudável vida comunitária, a água deveria ser enviada a cada unidade habitacional por dutos individualizados, passando sua água por econômicos hidrômetros de água quente para leitura individual do consumo. A vantagem do uso do duto individual (de pequeno diâmetro) é o da rápida chegada da água quente ao usuário. Outro aspecto que deve ser cuidado é a carga adicional que o prédio suportará com a caixa de água quente. Recente lei solar da Prefeitura de S. Paulo obriga que praticamente todos os novos projetos habitacionais (verticais ou horizontais) recebam aquecedores solares. Esta obrigação inclui piscinas, empresas, lavanderias, cozinhas profissionais e qualquer tipo de sistema que necessite de água quente. Os prédios antigos não são obrigados a receberem estas instalações. Mas o excelente efeito ambiental e econômico destas instalações deve ser levado em consideração. Entendemos que toda e qualquer habitação existente no Brasil deveria ter, o mais rapidamente possível, o seu sistema de aquecimento solar de água. A Sociedade do Sol pode apresentar profissionais capacitados para a análise e elaboração de projetos de aquecimento solar ou então fornecer consultoria personalizada para a equipe administrativa do condomínio. No caso da (rara) impossibilidade da instalação de um aquecedor solar, sugerimos avaliar o uso de interessante tecnologia de reuso térmico do calor produzido pelos chuveiros elétricos, apresentada em 2007 pela Rewatt de Belo Horizonte. Esta tecnologia permite uma redução de 30% (ou mais) da energia originalmente consumida pelos chuveiros.
  • Meu ASBC não está esquentando. O que está acontecendo?
    Isso significa que provavelmente a água não está circulando livremente pelo sistema. Em 99% dos casos, a causa é a formação de bolhas de ar dentro do sistema. Do ponto inferior dos coletores (onde entra a água vinda do reservatório - denominado de saída), até a entrada de água no reservatório vinda dos coletores (água aquecida nos coletores - denominado de retorno), NÃO pode haver nenhum ponto onde a inclinação dos tubos seja horizontal ou descendente. É OBRIGATÓRIO que todo o sistema esteja em nível ascendente. A solução será conferir todo o trajeto da água com um nível de bolha de boa qualidade, procurando os pontos de inflexão onde as bolhas de ar provenientes dos coletores possam estar parando. Lembrar que o ar dentro de um tubo jamais conseguirá descer. Se o tubo desce, o ar fica na parte mais alta. Observação: O AR nunca entra no sistema; as bolhas de AR são formadas dentro do próprio sistema. Ao esquentar a água, essa simplesmente libera AR. Dicas: 1 - Colocar a palma da mão sobre os coletores e perceber se tem algum local muito quente ou então se todos os coletores estão quentes de alto a baixo. Esta situação é um sinal claro que a água não circula e que está parando AR em algum ponto do sistema de coletores/dutos do seu aquecedor solar. 2 - Solução: eliminar o estado de descendência do tubo. Se impossível, inserir neste local um respiro. Veja detalhes no item "4.3 Interligação coletores com reservatório" do Manual de manufatura do ASBC.
  • Válvula de retenção light. Para que serve e como fazer?
    Um item importante, quando os coletores são instalados na mesma altura da caixa é a válvula de retenção (light). Ela é instalada no interior do reservatório no flange de retorno da água quente vinda dos coletores. Essa válvula serve para liberar a entrada de água quente durante o dia, e impedir o retorno dessa água durante a noite, ou quando não tiver insolação sobre os coletores. Ela é feita com um Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 32 x 1", e um pedaço de filme (plástico flexível) de PVC cortado em círculo com o diâmetro um pouco maior que a boca da bolsa desse Adaptador. Para construir essa válvula, primeiro lixe a boca da bolsa do Adaptador até apagar as letras, deixando-a totalmente plana. Depois coloque um pinguinho de cola de PVC em apenas um ponto dessa boca e coloque o filme redondo de PVC sobre esse pingo de cola, tampando a boca do Adaptador, fazendo assim uma portinha. Observação: O filme plástico de PVC tem que ser flexível para não oferecer resistência ao movimento de abrir e fechar a válvula, porém não pode se retorcer ou entortar sozinho; tem que se manter na forma plana; depois de colado, não pode descolar, mesmo puxando um pouquinho forte. Se não ficar muito bem colado, então o plástico provavelmente não é o certo, de PVC. Para tirar a dúvida, se o plástico é ou não o correto, faça um teste antes em um pedacinho qualquer de PVC. De tudo isso deve resultar a espessura (aproximada) do filme a ser colado no adaptador. Na instalação, rosquear a válvula no flange, e quando a rosca começar a ficar meio dura, pare em uma posição em que a portinha deve fazer o movimento de abrir e fechar totalmente na horizontal. Exatamente como uma porta.
  • Existe algum modelo didático do ASBC para ser utilizado em aula
    Seguem as orientações. Ler todo o site www.sociedadedosol.org.br (atividade para um bom final de semana). Baixar o manual do Kit Didático e lê-lo com atenção. Para melhor aprofundamento, baixar também o manual Manufatura do ASBC e se surgir alguma dúvida, procure resposta na FAQ. Montar pessoalmente (ou em conjunto com colega da escola) um Kit Didático para uso e pesquisas próprias. Tendo a tecnologia e conceitos bem compreendidos, realizar estas montagens com seus alunos. Eles ficarão encantados ao ver que seu esforço de manufatura resultará na geração de água quente.
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